O que você precisa saber sobre o diagnóstico e tratamento do cancro da
próstata.
Câncer de próstata
Câncer de próstata ou cancro da próstata é uma doença na qual ocorre o desenvolvimento
de um cancro/tumor na próstata, uma glândula do sistema
reprodutor masculino.
Ocorre quando as células da próstata
sofrem mutações e começam a se
multiplicar sem controle. Estas células podem se espalhar (metástase) a partir da próstata em direção a outras partes do
corpo, especialmente ossos e linfonodos.
As
taxas de incidência deste tipo de carcinome variam amplamente no mundo: o
câncer é menos comum no sul e leste da Ásia e mais comum naEuropa e Estados Unidos.1 O câncer é menos
comum entre homens asiáticos e mais comum entre homens negros.
Este
tipo de câncer se desenvolve mais frequentemente em homens acima dos 50 anos de
idade. Ocorre somente em homens, já que a próstata é uma glândula exclusiva
deste sexo. É o tipo de câncer mais comum em homens nos Estados Unidos, país em que é a segunda maior causa de mortes
masculinas por câncer, atrás somente do câncer de
pulmão. Entretanto,
muitos homens que desenvolvem câncer de próstata não apresentam sintomas e
acabam morrendo por outras causas. Muitos fatores, incluindo genética e dieta, tem sido relacionados ao desenvolvimento do câncer
de próstata.
Cancro da Próstata: Sintomas
de Alerta
o Problemas urinários.
o Incapacidade de urinar, ou dificuldade em
iniciar ou parar o fluxo de urina.
o Necessidade frequente de urinar,
principalmente à noite.
o Fluxo de urina fraco ou intermitente.
o Dor ou ardor durante a micção.
o Dificuldade em ter uma erecção.
o Sangue na urina ou no sémen.
o Dor frequente na zona inferior das costas,
nas ancas ou na zona superior das coxas.
Na maioria dos casos, estes sintomas não estão
relacionados com um cancro da próstata, e podem, ainda, ser provocados por
tumores benignos (HBP) ou outros problemas. Só o médico poderá confirmar.
Qualquer pessoa com estes sintomas, ou quaisquer outras alterações de saúde
relevantes, deve consultar o médico, para diagnosticar e tratar o problema, tão
cedo quanto possível.
Geralmente, as fases iniciais do cancro não causam
dor. Se tem estes sintomas, não espere até ter dor, para consultar o médico.
Cancro da Próstata: Diagnóstico
·
Biópsia
Se há suspeita de câncer, realiza-se
uma biópsia da próstata. Durante a biópsia o urologista obtém amostras do tecido da próstata através
do reto. Uma
pistola de biópsia insere e remove agulhas especiais (geralmente três a seis em
cada lado da próstata) em menos de um segundo. As biópsias de próstata são
feitas rotineiramente e raramente necessitam de hospitalização. Cinquenta e
cinco por cento dos homens relatam desconforto durante o procedimento.
·
Escore de Gleason
As amostras de tecido da próstata são então
examinadas sob microscópio para determinar se há presença de células cancerosas
e para avaliar as características microscópicas (ou escore de Gleason) de algum câncer encontrado.
·
Marcadores tumorais
As amostras de tecidos podem ser coradas para
investigação da presença de antígeno prostático específico (PSA) ou outros marcadores tumorais a fim de determinar a origem de células
malignas que sofreram metástase.
·
Estadiamento
Uma importante parte na avaliação do câncer
de próstata é a determinação do estágio, que
significa o quão longe o câncer já se espalhou. Conhecer o estágio ajuda a
definir o prognóstico e é útil para se escolher a terapia. O
sistema mais comum é o sistema de quatro estágios, o sistema TNM(abreviação para
Tumor/linfoNodos/Metástases). Seus componentes incluem o tamanho do tumor, o
número de linfonodos envolvidos e a presença de alguma metástase.
A distinção mais importante feita pelo
estadiamento é se o câncer está ou não ainda confinado à próstata. No sistema
TNM, os cânceres T1 e T2 são encontrados somente na próstata, ao passo que os
T3 e T4 já se espalharam. Diversos testes podem ser usados para procurar
evidências da dispersão do câncer (metástase). Eles incluem tomografia computadorizada para avaliar a dispersão na pelve, cintilografia dos óssos para procurar sinais nos ossos
e ressonância magnética para avaliar a cápsula prostática
e vesículas seminais. Os exames dos ossos mostram aparência
osteoblástica devido a uma densidade óssea aumentada nas áreas em que há
metástase óssea - em oposição ao que é observado em muitos outros cânceres que
metastatizam.
Depois de uma biópsia da próstata, o patologista observa as amostras sob microscópio. Se o
câncer estiver presente, o patologista relata o grau do tumor. O grau revela
quanto o tumor se diferencia do tecido prostático normal e sugere quão rápido o
tumor irá crescer. O sistema de Gleason é usado para graduar tumores de 2 a 10,
sendo o escore de Gleason 10 indicando as maiores anomalias. O
patologista atribui um número de 1 a 5 para o padrão mais comum observado na
amostra sob o microscópio, e então atribui outro número de 1 a 5 para o segundo
padrão mais comum. A soma destes dois números é o escore de Gleason. A
graduação adequada do tumor é crítica, já que o grau do tumor é um dos
principais fatores usados para determinar qual tratamento será recomendado.
·
Rastreamento ou Detecção Precoce
O exame de rastreamento, detecção precoce,
geralmente é realizado pelo exame do PSA e pelo exame digital da próstata (o
toque retal). Recentemente, novas recomendações tem sido feitas pelas grandes
sociedades especializadas. Um estudo europeu demonstrou que os homens com idade
de 55 a 69 anos são os que mais se beneficiam quando submetidos aos exames
periódicos. Entretanto, existe o risco do diagnóstico de tumores ditos
insignificantes, pouco agressivos, que podem nunca progredir. Além do
tratamento que pode trazer complicações. Provavelmente, a conduta mais correta
é ter as dúvidas esclarecidas, sobre riscos e benefícios com o urologista.
Cancro da Próstata: Prevenção
Alguns médicos recomendam a realização do toque retal e da dosagem do
PSA a todos os homens acima de 50 anos. Para aqueles com história familiar de
câncer de próstata (pai ou irmão) antes dos 60 anos, os especialistas
recomendam realizar esses exames a partir dos 45 anos. Entretanto, vale lembrar
que somente o médico pode orientar quanto aos riscos e benefícios da realização
desses exames. Não existem evidências de que a realização periódica do toque
retal e dosagem de PSA em homens que não apresentem sintomas diminua a
mortalidade por câncer de próstata.
Como dieta e remédios
previnem câncer de próstata
O câncer
de próstata é o segundo
tumor maligno mais frequente em homens no Brasil, havendo um grande interesse
de saúde pública e comercial na prevenção deste problema, sendo que podemos
acompanhar em nosso dia a dia comerciais de vitaminas e medicações que
supostamente apresentam um efeito protetor.
De maneira geral, os principais agentes analisados em estudos importantes internacionais são: vitamina E, selênio, licopeno, soja, chá verde, e medicações que inibem a metabolização da testosterona (finasterida e dutasterida).
A vitamina E e o selênio foram testados de maneira isolada e combinados no maior estudo de prevenção já publicado, contando com mais de 35 mil participantes. Embora o estudo estivesse planejado para durar 12 anos, o mesmo acabou sendo suspenso após 7 anos devido a falta de efetividade da vitamina E e do selênio, onde pacientes que utilizaram a vitamina E apresentaram até um pequeno aumento no diagnóstico da doença.
De maneira geral, os principais agentes analisados em estudos importantes internacionais são: vitamina E, selênio, licopeno, soja, chá verde, e medicações que inibem a metabolização da testosterona (finasterida e dutasterida).
A vitamina E e o selênio foram testados de maneira isolada e combinados no maior estudo de prevenção já publicado, contando com mais de 35 mil participantes. Embora o estudo estivesse planejado para durar 12 anos, o mesmo acabou sendo suspenso após 7 anos devido a falta de efetividade da vitamina E e do selênio, onde pacientes que utilizaram a vitamina E apresentaram até um pequeno aumento no diagnóstico da doença.
O
licopeno é um caroteno encontrado principalmente no tomate, assim como outras
frutas vermelhas e vegetais, com importante ação anti-oxidante. Embora existam
algumas pesquisas que sugerem algum fator de proteção ligado ao licopeno, um
grande estudo com mais de 29 mil participantes publicado em 2007 revelou que,
além de não exercer qualquer papel protetor, ainda estava associado a tumores
de próstata mais agressivos.
O
interesse na soja e no chá verde é decorrente da baixa incidência do câncer de
próstata em homens que vivem em países asiáticos, onde o consumo de soja e
derivados, assim como de chá
verde é
significativamente mais alto do que no ocidente. Embora estudos preliminares
tenham mostrado indícios de algum benefício de derivados da soja e do chá
verde, estudos de maior importância estão em curso para nos mostrar se os
resultados iniciais serão confirmados.
Duas medicações que inibem a metabolização da
testosterona despertaram grande interesse científico na prevenção do câncer de
próstata e já foram estudadas em grandes estudos clínicos: a finasterida e a
dutasterida. A finasterida foi avaliada em importante estudo com mais de 18 mil
participantes e duração de 7 anos, mostrando uma redução no diagnóstico do
câncer de próstata de 25% nos homens que utilizaram a medicação, porém, um
aumento na detecção de tumores agressivos neste grupo também foi encontrado. A
dutasterida também foi avaliada em estudo com 8 mil homens e uma redução de 23%
foi notada no grupo de pacientes que utilizaram a droga, sem aumento na
detecção de tumores agressivos. Apesar destes resultados, a larga utilização
destes medicamentos na prática clínica ainda é cercada de controvérsias e muito
limitada.
Apesar dos resultados dos estudos
atuais não aconselharem nenhuma dieta ou suplementação alimentar específicas
para a prevenção do câncer de próstata, obviamente uma alimentação balanceada,
associada à atividade física e a exames preventivos devem ser encorajados a
toda população. A utilização da finasterida e dutasterida na prevenção do
câncer de próstata deve ser utilizada para pacientes de alto risco sempre sob
supervisão do urologista.
Próstata
A próstata difere consideravelmente entre espécies quer anatômica, química e fisiologicamente. A
função da próstata humana é produzir e armazenar um fluido incolor e
ligeiramente alcalino (pH 7.29) que constitui 10-30% do volume do fluido seminal, que
juntamente com os espermatozóides constitui o sêmen.
As principais doenças que atingem a próstata são a hiperplasia prostática benigna, a prostatite e
o cancro de próstata.
Função da Próstata
A principal função da próstata é armazenar e
secretar um fluido claro levemente alcalino (pH 7,29) que
constitui 10-30% do volume dofluido seminal, que, junto com
os espermatozóides, constitui o sêmen. O resto do fluido seminal é produzido pelas
duas vesículas seminais. A alcalinidade do fluido seminal ajuda a
neutralizar a acidez do trato vaginal, prolongando o tempo de vida dos
espermatozóides.
Secreções
As secreções prostáticas variam entre as espécies.
Secreções da próstata são ricas em cálcio, zinco, ácido cítrico, fosfatase ácida,albumina e
de antígeno específico da próstata (PSA). Em homens saudáveis o nível de citratos do
fluido prostático é duas vezes maior do que em homens com câncer de próstata.1
Nas secreções prostáticas humanas, o conteúdo
proteico é menor que 1%. A enzimas proteolíticas e antígeno prostático específico (PSA) são importantes para manter o esperma
mais líquido, fluindo adequadamente e para ajudar no movimento adequado dos
espermatozoides.2 Níveis
sanguíneos elevados de PSA podem indicar câncer de próstata.
Em alguns alvéolos, podemos ter presentes as
concreções prostáticas, que são calcificações com diâmetro variável, indo às
vezes além de 1.0 mm de diâmetro. Provavelmente, representam a condensação de
produtos secretórios.
Regulação
Para funcionar adequadamente, a próstata necessita
dos hormônios masculinos
(andrógenos), que
são responsáveis pelas características sexuais masculinas.
O principal hormônios masculino é a testosterona, que é produzida
principalmente nos testículos. Alguns hormônios são
produzidos em pequenas quantidades nas glândulas supra-renais.
Entretanto, o hormônio que regula a próstata é a dihidrotestosterona.
Estrutura
Uma próstata humana saudável é um pouco maior que uma noz. Ela envolve a uretra logo abaixo da bexiga urinária, podendo ser sentida
através do exame de toque retal.
No interior da próstata, a uretra que vem da bexiga
é chamada de uretra prostática e se funde com os dois ductos ejaculatórios. A uretra masculina possui duas funções: carregar
urina da bexiga urinária durante o ato de urinar e carregar sêmen durante a
ejaculação. A próstata é forrada pelos músculos do assoalho pélvico, que se
contraem durante o processo ejaculatório.
A próstata pode ser dividida de dois modos
distintos: por zona ou por lobo.
·
Zonas
A classificação por
"zona" é mais usada na patologia.
A próstata possui
quatro regiões glandulares distintas, duas das quais surgem de diferentes
segmentos da uretra prostática:
Nome
|
Percentagem
|
Descrição
|
Zona periférica
|
Compõe até 70% da próstata normal em homens
jovens
|
É a porção subcapsular do aspecto posterior da
próstata que envolve a uretra distal. É nessa porção da próstata que mais de 70% dos cânceres
de próstata se originam.
|
Zona central (ZC)
|
Constitui aproximadamente 25% da próstata normal
|
Esta zona envolve os ductos
ejaculatórios. Os tumores de zona central contabilizam mais de 25% de todos os
cânceres de próstata.
|
Zona transicional (ZT)
|
Responsável por 5% do volume prostático
|
Esta zona raramente está associada com carcinoma. A zona transicional
envolve a uretra proximal e é a região da próstata que cresce durante a vida
e é responsável pela doença de hiperplasia
prostática benigna.
|
Zona fibro-muscular
anterior (ou estroma)
|
Contabiliza por aproximadamente 5% do peso
prostático
|
Esta zona é geralmente isenta de componentes
glandulares, sendo composta, como o nome sugere, somente de músculo e tecido fibroso.
|
·
Lobos
A classificação por "lobos" é mais usada na
anatomia.
Lobo
anterior (ou istmo)
|
corresponde
aproximadamente a uma porção da zona transicional
|
Lobo
posterior
|
corresponde
aproximadamente à zona periférica
|
Lobos
laterais
|
engloba
todas as zonas
|
Lobo
mediano (ou lobo médio)
|
corresponde
aproximadamente a uma porção da zona central
|
Doenças da Próstata
·
Câncer de próstata
próstata mutações e
começam a se multiplicar sem controle. Estas células podem se espalhar
(metástase) a partir da próstata em direção a outras partes do corpo,
especialmente ossos e linfonodos. O câncer de próstata pode causar dor,
dificuldade em urinar, disfunção erétil e outros sintomas. Porém, a grande
maioria dos casos evolui silenciosamente sem causar sintomas até que haja
disseminação da doença. Exames regulares de toque retal e dosagem de antígeno
prostático específico são recomendados para homens a partir dos 40 a 50 anos de
idade, para detecção precoce da doença.
Pode ser tratado com
cirurgia, radioterapia, terapia hormonal, entre outros.
Este tipo de câncer
é muito grave, já que nos Estados Unidos este tumor maligno, em 2003, matava um
homem a cada 14 minutos.
·
Hiperplasia prostática benigna
A hiperplasia
benigna da próstata (HBP) é caracterizada pelo aumento benigno da próstata
que normalmente se inicia após os 40 anos. Pode provocar estreitamento da uretra, resultando em dificuldade de micção.
·
Prostatite
Estimulação sexual
A estimulação da próstata em homens tem sido
comparada à estimulação do ponto G nas mulheres.
Portanto, a estimulação da próstata pode resultar em orgasmos mais intensos.
Alguns homens são capazes de atingir o orgasmo somente com a estimulação
prostática.
Em algumas técnicas cirúrgicas de redesignação
sexual em transexuais MtF (de homem para
mulher) essa glândula, bem como a glândula bulbouretral, é mantida para possibilitar que aneovagina tenha lubrificação
natural.
Cancro da Próstata: Tratamento
O tratamento é variável e depende do estadiamento da neoplasia que,
grosso modo, pode ser dividido em tumor localizado e tumor metastático.
O tratamento de tumor metastático baseia-se no bloqueio hormonal da testosterona,
inibindo assim o crescimento da massa tumoral sendo frequentemente um
tratamento adicional importante. Podem ser utilizados vários tipos de drogas com eficácia e efeitos colaterais variáveis
que devem ser levados em conta no momento da escolha do tratamento.
·
Cirurgia
A remoção cirúrgica
da próstata, ou prostatectomia, é um tratamento comum tanto
para os cânceres de estágio precoce, quanto para cânceres que falharam em
responder à radioterapia. O tipo mais comum
é a prostatectomia
retropúbica radical, quando o cirurgião remove a próstata através de
uma incisão abdominal. Outro tipo é a prostatectomia
perineal radical, quando o cirurgião remove a próstata através de
uma incisão no períneo,
a pele entre o escroto e o ânus.
A prostatectomia radical pode também ser realizada laparoscopicamente,
através de diversas pequenas incisões (1 cm) no abdômen, com ou sem o
auxílio de um robô cirúrgico. A cirurgia
robótica é o método preferido no caso de pacientes obesos,
devido à dificuldade das operações por cirurgia aberta e por laparoscopia.13 Porém
esse procedimento demora mais tempo, em média o dobro em relação à cirurgia
aberta.13
A prostatectomia radical é eficiente
contra tumores que ainda não se espalharam além da próstata;14 com
as taxas de cura dependendo dos fatores de risco como o nível de PSA e escore
de Gleason. Entretanto, ela pode causar lesão nos nervos que
significativamente pode alterar a qualidade de vida de um sobrevivente do
câncer de próstata. As complicações sérias mais comuns da cirurgia são incontinência urinária e impotência.
Embora a sensação peniana e a habilidade de se atingir o orgasmo geralmente
permaneçam intactas, a ereção e ejaculação frequentemente
são prejudicadas. Medicamentos como a sildenafila (Viagra), tadalafila (Cialis)
ou vardenafila (Levitra)
podem recuperar em algum grau a potência. Para a maioria dos homens com doença
restrita à próstata, uma técnica cirúrgica que preserva os nervos pode ajudar a
evitar a incontinência urinária e impotência.
A prostatectomia
radical tem tradicionalmente sido utilizada sozinha quando o câncer é pequeno.
Quando há margens positivas ou doença localmente avançada, a radioterapia
adjuvante pode oferecer uma melhor sobrevivência. A cirurgia também pode ser
oferecida quando o câncer não responde à radioterapia. Entretanto, como a
radioterapia causa mudanças teciduais, a prostatectomia após a radioterapia
possui um risco maior de complicações.
·
Prostatectomia Radical
Laparoscópica e laparoscópica assistida por robo
Apesar de descrita
no início dos anos 1990. Somente após as modificações da técnica publicadas
pelos urologistas do Institut Mutualiste Montsouris, Paris, França; a cirurgia
laparoscópica foi disseminada pelo mundo, permitindo bons resultados, similares
a cirurgia aberta. A prostatectomia radical laparoscópica é forma mais moderna
da clássica prostatectomia retropúbica radical. Em contraste com a cirurgia
aberta do câncer de próstata, a prostatectomia radical não requer uma grande
incisão. Utilizando tecnologia moderna, como a miniaturização e fibras ópticas,
a prostatectomia radical laparoscópica é um tratamento minimamente invasivo
para o câncer de próstata.
A prostatectomia
radical assistida por robo, também chamada prostatectomia robótica, foi
inicialmente realizada em Creteil-França e tornou-se a técnica mais realizada,
atualmente, nas regiões onde é disponível. Existiam 2 sistemas robóticos
utilizados nas cirurgias assistidas com robo: o primeiro e cuja produção foi
interrompida, chamado ZEUS ( que consistia em um console e 3 braços robóticos
chamados AESOP) e o segundo sistema que, atualmente, é o único em uso, chamado
Da Vinci que pode ter 3 e 4 braços. Nos dias atuais, apesar da rápida
substituição da técnica com corte (cirurgia aberta) pela robótica, em países
como nos EUA, os estudos médicos, não encontraram vantagens evidentes de uma
técnica sobre a outra. O que parece ser mais importante é o especialista
cirurgião urologista do que a via de acesso escolhida (aberta, laparoscópica ou
assistida por robo), pois apresentam resultados semelhantes.
A ressecção
transuretral de próstata, geralmente chamada de "RTU de próstata", é
um procedimento cirúrgico realizado quando o canal entre a bexiga e o pênis
(uretra) é bloqueada pelo aumento da próstata. A RTU de próstata é geralmente
realizada para doença benigna (hiperplasia prostática benigna) e não é
considerada um tratamento definitivo para o câncer de próstata. Durante o
procedimento, um cistoscópio é inserido no pênis, e a próstata bloqueada é
cortada.
Na doença
metastática, quando o câncer já se espalhou além da próstata, a remoção dos
testículos (chamada de orquiectomia) pode ser realizada para diminuir os níveis
de testosterona e controlar o crescimento do câncer.
·
Radioterapia e
suas modalidades
Trata-se de um
tratamento curativo para doença localizada ou localmente avançada. Poucos
estudos com poder de detectar diferenças significativas (chamados estudos
clínicos randomizados), compararam a radioterapia com a cirurgia, na tentativa
de avaliar se existe um tratamento melhor que o outro. Apenas um estudo clínico
randomizado comparou a prostatectomia radical e a radioterapia e demonstrou que
a cirurgia previne mais a disseminação do tumor, reduzindo a possibilidade de
metástases. (Paulson, Lin et al. 1982). 16 A radioterapia pode ser indicada
para alívio sintomático de dores ósseas ocasionadas por metástases.
·
Terapia hormonal
A terapia hormonal
usa medicamentos ou cirurgia para impedir que as células do câncer de próstata
adquiram dihidrotestosterona (DHT), um hormônio produzido na próstata que é
necessário para o crescimento e dispersão da maioria das células do câncer de
próstata. O bloqueio do DHT geralmente faz com que o câncer de próstata pare de
crescer e até mesmo diminua. Entretanto, a terapia hormonal raramente cura o
câncer de próstata porque os cânceres que inicialmente respondem à terapia
hormonal geralmente se tornam resistentes após um ou dois anos. A terapia
hormonal é então usada quando o câncer já se espalhou da próstata. Também pode
ser administrada para alguns homens que estão sob radioterapia ou fizeram
cirurgia, para prevenir o retorno de seu câncer.18
A terapia hormonal
para o câncer de próstata age nas vias metabólicas que o corpo usa para
produzir a DHT. Um ciclo de retroalimentação envolvendo os testículos,
hipotálamo, hipófise, supra-renais e próstata controla os níveis sanguíneos de
DHT. Primeiro, os baixos níveis sanguíneos de DHT estimulam o hipotálamo a
produzir hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH). O GnRH então estimula a
hipófise a produzir hormônio luteinizante (LH), o qual estimula os testículos a
produzir testosterona. Finalmente, a testosterona dos testículos e a
dehidroepiandrosterona das glândulas supra-renais estimulam a próstata a
produzir mais DHT. A terapia hormonal diminui os níveis de DHT pois interrompe
esta via metabólica em algum ponto.
Existem diversas
formas de terapia hormonal para o câncer de próstata:
Orquiectomia é a
cirurgia para remover os testículos. Como os testículos produzem a maior parte
da testosterona do corpo, a sua remoção cirúrgica faz com que os níveis de
testosterona caiam logo em seguida. Com isso, a próstata não somente deixa de
receber estímulo da testosterona para produzir mais DHT, como também não possui
testosterona suficiente para transformá-la em DHT.
Antiandrógenos são
medicamentos como flutamida, bicalutamida, nilutamida, e acetato de ciproterona
que diretamente bloqueiam as ações da testosterona e da DHT no interior das
células do câncer de próstata.
Medicamentos que
bloqueiam a produção dos andrógenos supra-renais como a DHEA incluem o
cetoconazol e a aminoglutetimida. Como as glândulas supra-renais produzem
somente cerca de 5% dos andrógenos do corpo, estes medicamentos são geralmente
usados somente em combinação com outros métodos que possam bloquear os 95% de
andrógenos produzidos pelos testículos. Estes métodos combinados são chamados
de bloqueio androgênico total (BAT). O BAT também pode ser obtido com o uso de
antiandrógenos.
A ação do hormônio
liberador de gonadotrofina pode ser interrompida de duas maneiras. Os
antagonistas do GnRH impedem a produção de LH diretamente, enquanto os
agonistas do GnRH inibem o LH através de um processo de regulação para baixo
(downregulation) após um efeito de estimulação inicial. Abarelix é um exemplo
de antagonista do GnRH, enquanto os agonistas do GnRH incluem leuprolida,
goserelin, triptorelin e buserelin. Inicialmente, os agonistas do GnRH aumentam
a produção do LH. Entretanto, como o constante fornecimento desta medicação não
coincide com o ritmo de produção natural do corpo, a produção de LH e GnRH
diminui após algumas semanas.19
Os tratamentos
hormonais que mais têm sucesso são a orquiectomia e os agonistas do GnRH.
Apesar de seu elevado custo, os agonistas do GnRH são geralmente escolhidos ao
invés da orquiectomia, por questões cosméticas e emocionais.
Cada tratamento
possui desvantagens que limitam seu uso em certas circunstâncias. Apesar de a
orquiectomia ser uma cirurgia de baixo risco, o impacto psicológico da remoção
dos testículos pode ser significante. A perda de testosterona também causa
ondas de calor, ganho de peso, perda da libido, aumento das mama
(ginecomastia), impotência e osteoporose. Os agonistas do GnRH podem causar os
mesmos efeitos da orquiectomia mas podem causar piores sintomas no início do
tratamento. Quando os agonistas do GnRH começam a ser usados, os aumentos de
testosterona podem levar a uma dor aumentada nos ossos (originada do câncer
metastático), então antiandrógenos são usados para diminuir estes efeitos colaterais.
Os estrógenos não são comumente utilizados pois eles aumentam o risco de doença
cardiovascular e trombose. Os antiandrógenos geralmente não causam impotência e
geram menos dor nos óssos e massa muscular. O cetoconazol pode causar lesões no
fígado com o uso prologando e a aminoglutetimida pode causar rashes cutâneos.
Fatores de Alimentos Contra o Câncer de Próstata:
- Frutas e legumes: Existem inúmeros argumentos em apoio ao
efeito protetor do câncer de frutas e legumes. Um estudo recente do Fred
Hutchinson Cancer Research Center, os EUA mostraram que um alto consumo de
vegetais provoca uma diminuição significativa no risco de câncer de
próstata. Assim, os homens que consumiram uma média de quatro ou mais
porções de vegetais por dia tinham um risco de câncer de próstata em 35%
menor em comparação com aqueles que beberam menos de duas doses diárias.
Vegetais e ervas com efeito mais forte de proteção eram aqueles da família
do repolho (couve-flor, repolho, couve de Bruxelas, brócolis, etc.). Os
homens que tomavam três ou mais porções por semana estes alimentos são
apreciados câncer de próstata rsicului diminuição de 40% em comparação com
aquelas que comiam esses alimentos com menos freqüência do que uma vez ao
ano por semana.
- Tomate e suco de tomate: Vários estudos têm identificado o
licopeno (que se encontra em grande quantidade no tomate e suco de tomate
como tendo um forte efeito protetor. Um estudo de 22.000 homens
acompanhados por 13 anos revelou aqueles com os níveis mais baixos de
licopeno aumento do risco de câncer de próstata em 60% menor em comparação
com aqueles com níveis baixos.
- Vitamina E: Um estudo finlandês realizado em um grupo
de 29 mil fumantes que tomaram um suplemento diário de 50 UI de vitamina E
mostrou uma diminuição de 41% das mortes por câncer de próstata.
- Vitamina D: A vitamina D parece ter efeitos
anti-tumorais contra o câncer de próstata. Dados extraídos de um estudo de
um grande número de trabalhadores de saúde (mais de 47.000 homens), têm
demonstrado que a vitamina D (e de consumo de frutos) uma boa medida para
se proteger contra o câncer de próstata.
- Selênio: O selênio é um mineral com propriedades
antioxidantes no organismo. Os dados de saúde dos trabalhadores
levantamento mostrou que homens que comeram a maioria de selênio tiveram
um risco 51% menor de câncer de próstata do que aqueles que tiveram a
menor ingestão deste mineral. O mesmo efeito foi revelado por um estudo
experimental em que um grupo de 1.312 pessoas receberam 200 microgramas de
selênio por dia durante 4,5 anos. Houve uma diminuição no câncer de
próstata em cerca. 50% em comparação com o grupo controle que não foi dado
selênio. Os alimentos ricos em selênio são os grãos mais inteiros e
castanha do Brasil (castanha do Brasil 2 são suficientes para cobrir as
necessidades de selênio para um dia inteiro).
- Atenção tanto para comer! Não coma demais acaba não só protegem
contra a obesidade, mas também canceruui da próstata. Pelo menos de acordo
com um levantamento de 197 no Canadá: os homens que comiam mais calorias tiveram um risco de câncer de próstata
2,7 vezes maior do que aquelas que consumiram menos calorias.
- Reduza o consumo de gordura! Aqueles que consomem muita gordura - como
animais e vegetais - um rosto 2-3 vezes maior risco de contrair cancro da
próstata. As exceções são o azeite e gorduras omega-3 (como os de linhaça
e nozes).
- Reduza o consumo de leite e produtos lácteos! Alguns estudos têm relacionado o consumo
de produtos lácteos e aumento do risco de câncer de próstata. Processo
parece ser maior ingestão de cálcio entre os que consomem laticínios.
- Soja - Famoso soja - prova as suas qualidades e do câncer de
próstata direito preventivo. Assim, um dos maiores estudos (12.000
participantes) foram surpreendidos pela constatação de que os homens que
consumiram soja por dia teve uma diminuição no risco de câncer de próstata
em 70%!
Um comentário:
Desculpem desviar do assunto, mas pela menção a terapia hormonal MTF e a bicalutamida, eu acabei achando o texto no google. Bem, acabei de ler em um forum reddit sobre transexualidade, sobre bicalutamida, pois ela só inibiria a atuação da testosterona em certos locais do organismo, mas não a inibiria no cérebro, não causando a queda na libido que as THs com acetato de ciproterona e espirolactona geralmente causam. Eu estou muito curiosa sobre isso, pois não quero perder minha função sexual com a terapia hormonal e li que também que essa droga faz crescer um bocado os seios, mas eu não vejo nenhum lugar confiável indicando bicalutamida para MtFs em transição hormonal. Existe alguma contraindicação muito forte para isso?? Os efeitos colaterais são muito pesados? Um endocrino conhecedor de transições hormonais em pessoas trans indicaria isso??
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