quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Câncer da Próstata

O que você precisa saber sobre o diagnóstico e tratamento do cancro da próstata.

Câncer de próstata
Câncer de próstata ou cancro da próstata é uma doença na qual ocorre o desenvolvimento de um cancro/tumor na próstata, uma glândula do sistema reprodutor masculino. Ocorre quando as células da próstata sofrem mutações e começam a se multiplicar sem controle. Estas células podem se espalhar (metástase) a partir da próstata em direção a outras partes do corpo, especialmente ossos e linfonodos.
As taxas de incidência deste tipo de carcinome variam amplamente no mundo: o câncer é menos comum no sul e leste da Ásia e mais comum naEuropa e Estados Unidos.1 O câncer é menos comum entre homens asiáticos e mais comum entre homens negros.
Este tipo de câncer se desenvolve mais frequentemente em homens acima dos 50 anos de idade. Ocorre somente em homens, já que a próstata é uma glândula exclusiva deste sexo. É o tipo de câncer mais comum em homens nos Estados Unidos, país em que é a segunda maior causa de mortes masculinas por câncer, atrás somente do câncer de pulmão. Entretanto, muitos homens que desenvolvem câncer de próstata não apresentam sintomas e acabam morrendo por outras causas. Muitos fatores, incluindo genética e dieta, tem sido relacionados ao desenvolvimento do câncer de próstata.

Cancro da Próstata: Sintomas de Alerta

Geralmente, os sintomas de cancro da próstata incluem:
o    Problemas urinários.
o    Incapacidade de urinar, ou dificuldade em iniciar ou parar o fluxo de urina.
o    Necessidade frequente de urinar, principalmente à noite.
o    Fluxo de urina fraco ou intermitente.
o    Dor ou ardor durante a micção.
o    Dificuldade em ter uma erecção.
o    Sangue na urina ou no sémen.
o    Dor frequente na zona inferior das costas, nas ancas ou na zona superior das coxas.

Na maioria dos casos, estes sintomas não estão relacionados com um cancro da próstata, e podem, ainda, ser provocados por tumores benignos (HBP) ou outros problemas. Só o médico poderá confirmar. Qualquer pessoa com estes sintomas, ou quaisquer outras alterações de saúde relevantes, deve consultar o médico, para diagnosticar e tratar o problema, tão cedo quanto possível.
Geralmente, as fases iniciais do cancro não causam dor. Se tem estes sintomas, não espere até ter dor, para consultar o médico.

Cancro da Próstata: Diagnóstico

·        Biópsia
Se há suspeita de câncer, realiza-se uma biópsia da próstata. Durante a biópsia o urologista obtém amostras do tecido da próstata através do reto. Uma pistola de biópsia insere e remove agulhas especiais (geralmente três a seis em cada lado da próstata) em menos de um segundo. As biópsias de próstata são feitas rotineiramente e raramente necessitam de hospitalização. Cinquenta e cinco por cento dos homens relatam desconforto durante o procedimento.
·        Escore de Gleason
As amostras de tecido da próstata são então examinadas sob microscópio para determinar se há presença de células cancerosas e para avaliar as características microscópicas (ou escore de Gleason) de algum câncer encontrado.
·        Marcadores tumorais
As amostras de tecidos podem ser coradas para investigação da presença de antígeno prostático específico (PSA) ou outros marcadores tumorais a fim de determinar a origem de células malignas que sofreram metástase.
·        Estadiamento
Uma importante parte na avaliação do câncer de próstata é a determinação do estágio, que significa o quão longe o câncer já se espalhou. Conhecer o estágio ajuda a definir o prognóstico e é útil para se escolher a terapia. O sistema mais comum é o sistema de quatro estágios, o sistema TNM(abreviação para Tumor/linfoNodos/Metástases). Seus componentes incluem o tamanho do tumor, o número de linfonodos envolvidos e a presença de alguma metástase.
A distinção mais importante feita pelo estadiamento é se o câncer está ou não ainda confinado à próstata. No sistema TNM, os cânceres T1 e T2 são encontrados somente na próstata, ao passo que os T3 e T4 já se espalharam. Diversos testes podem ser usados para procurar evidências da dispersão do câncer (metástase). Eles incluem tomografia computadorizada para avaliar a dispersão na pelve, cintilografia dos óssos para procurar sinais nos ossos e ressonância magnética para avaliar a cápsula prostática e vesículas seminais. Os exames dos ossos mostram aparência osteoblástica devido a uma densidade óssea aumentada nas áreas em que há metástase óssea - em oposição ao que é observado em muitos outros cânceres que metastatizam.
Depois de uma biópsia da próstata, o patologista observa as amostras sob microscópio. Se o câncer estiver presente, o patologista relata o grau do tumor. O grau revela quanto o tumor se diferencia do tecido prostático normal e sugere quão rápido o tumor irá crescer. O sistema de Gleason é usado para graduar tumores de 2 a 10, sendo o escore de Gleason 10 indicando as maiores anomalias. O patologista atribui um número de 1 a 5 para o padrão mais comum observado na amostra sob o microscópio, e então atribui outro número de 1 a 5 para o segundo padrão mais comum. A soma destes dois números é o escore de Gleason. A graduação adequada do tumor é crítica, já que o grau do tumor é um dos principais fatores usados para determinar qual tratamento será recomendado.
·        Rastreamento ou Detecção Precoce
O exame de rastreamento, detecção precoce, geralmente é realizado pelo exame do PSA e pelo exame digital da próstata (o toque retal). Recentemente, novas recomendações tem sido feitas pelas grandes sociedades especializadas. Um estudo europeu demonstrou que os homens com idade de 55 a 69 anos são os que mais se beneficiam quando submetidos aos exames periódicos. Entretanto, existe o risco do diagnóstico de tumores ditos insignificantes, pouco agressivos, que podem nunca progredir. Além do tratamento que pode trazer complicações. Provavelmente, a conduta mais correta é ter as dúvidas esclarecidas, sobre riscos e benefícios com o urologista.

Cancro da Próstata: Prevenção

Alguns médicos recomendam a realização do toque retal e da dosagem do PSA a todos os homens acima de 50 anos. Para aqueles com história familiar de câncer de próstata (pai ou irmão) antes dos 60 anos, os especialistas recomendam realizar esses exames a partir dos 45 anos. Entretanto, vale lembrar que somente o médico pode orientar quanto aos riscos e benefícios da realização desses exames. Não existem evidências de que a realização periódica do toque retal e dosagem de PSA em homens que não apresentem sintomas diminua a mortalidade por câncer de próstata.

Como dieta e remédios previnem câncer de próstata

câncer de próstata é o segundo tumor maligno mais frequente em homens no Brasil, havendo um grande interesse de saúde pública e comercial na prevenção deste problema, sendo que podemos acompanhar em nosso dia a dia comerciais de vitaminas e medicações que supostamente apresentam um efeito protetor.

De maneira geral, os principais agentes analisados em estudos importantes internacionais são: vitamina E, selênio, licopeno, soja, chá verde, e medicações que inibem a metabolização da testosterona (finasterida e dutasterida). 

A vitamina E e o selênio foram testados de maneira isolada e combinados no maior estudo de 
prevenção já publicado, contando com mais de 35 mil participantes. Embora o estudo estivesse planejado para durar 12 anos, o mesmo acabou sendo suspenso após 7 anos devido a falta de efetividade da vitamina E e do selênio, onde pacientes que utilizaram a vitamina E apresentaram até um pequeno aumento no diagnóstico da doença.

O licopeno é um caroteno encontrado principalmente no tomate, assim como outras frutas vermelhas e vegetais, com importante ação anti-oxidante. Embora existam algumas pesquisas que sugerem algum fator de proteção ligado ao licopeno, um grande estudo com mais de 29 mil participantes publicado em 2007 revelou que, além de não exercer qualquer papel protetor, ainda estava associado a tumores de próstata mais agressivos.

O interesse na soja e no chá verde é decorrente da baixa incidência do câncer de próstata em homens que vivem em países asiáticos, onde o consumo de soja e derivados, assim como de chá verde é significativamente mais alto do que no ocidente. Embora estudos preliminares tenham mostrado indícios de algum benefício de derivados da soja e do chá verde, estudos de maior importância estão em curso para nos mostrar se os resultados iniciais serão confirmados. 

Duas medicações que inibem a metabolização da testosterona despertaram grande interesse científico na prevenção do câncer de próstata e já foram estudadas em grandes estudos clínicos: a finasterida e a dutasterida. A finasterida foi avaliada em importante estudo com mais de 18 mil participantes e duração de 7 anos, mostrando uma redução no diagnóstico do câncer de próstata de 25% nos homens que utilizaram a medicação, porém, um aumento na detecção de tumores agressivos neste grupo também foi encontrado. A dutasterida também foi avaliada em estudo com 8 mil homens e uma redução de 23% foi notada no grupo de pacientes que utilizaram a droga, sem aumento na detecção de tumores agressivos. Apesar destes resultados, a larga utilização destes medicamentos na prática clínica ainda é cercada de controvérsias e muito limitada. 

Apesar dos resultados dos estudos atuais não aconselharem nenhuma dieta ou suplementação alimentar específicas para a prevenção do câncer de próstata, obviamente uma alimentação balanceada, associada à atividade física e a exames preventivos devem ser encorajados a toda população. A utilização da finasterida e dutasterida na prevenção do câncer de próstata deve ser utilizada para pacientes de alto risco sempre sob supervisão do urologista. 

Próstata

A próstata é uma glândula exócrina que faz parte do sistema reprodutor masculino.
A próstata difere consideravelmente entre espécies quer anatômicaquímica e fisiologicamente. A função da próstata humana é produzir e armazenar um fluido incolor e ligeiramente alcalino (pH 7.29) que constitui 10-30% do volume do fluido seminal, que juntamente com os espermatozóides constitui o sêmen.
As principais doenças que atingem a próstata são a hiperplasia prostática benigna, a prostatite e o cancro de próstata.

Função da Próstata

A principal função da próstata é armazenar e secretar um fluido claro levemente alcalino (pH 7,29) que constitui 10-30% do volume dofluido seminal, que, junto com os espermatozóides, constitui o sêmen. O resto do fluido seminal é produzido pelas duas vesículas seminais. A alcalinidade do fluido seminal ajuda a neutralizar a acidez do trato vaginal, prolongando o tempo de vida dos espermatozóides.
A próstata também contém alguns músculos lisos que ajudam a expelir o sêmen durante a ejaculação.
Secreções
As secreções prostáticas variam entre as espécies. Secreções da próstata são ricas em cálciozincoácido cítricofosfatase ácida,albumina e de antígeno específico da próstata (PSA). Em homens saudáveis o nível de citratos do fluido prostático é duas vezes maior do que em homens com câncer de próstata.1
Nas secreções prostáticas humanas, o conteúdo proteico é menor que 1%. A enzimas proteolíticas e antígeno prostático específico (PSA) são importantes para manter o esperma mais líquido, fluindo adequadamente e para ajudar no movimento adequado dos espermatozoides.2 Níveis sanguíneos elevados de PSA podem indicar câncer de próstata.
Em alguns alvéolos, podemos ter presentes as concreções prostáticas, que são calcificações com diâmetro variável, indo às vezes além de 1.0 mm de diâmetro. Provavelmente, representam a condensação de produtos secretórios.
Regulação
Para funcionar adequadamente, a próstata necessita dos hormônios masculinos (andrógenos), que são responsáveis pelas características sexuais masculinas.
O principal hormônios masculino é a testosterona, que é produzida principalmente nos testículos. Alguns hormônios são produzidos em pequenas quantidades nas glândulas supra-renais. Entretanto, o hormônio que regula a próstata é a dihidrotestosterona.
Estrutura
Uma próstata humana saudável é um pouco maior que uma noz. Ela envolve a uretra logo abaixo da bexiga urinária, podendo ser sentida através do exame de toque retal.
Os ductos são revestidos com epitélio transicional.
No interior da próstata, a uretra que vem da bexiga é chamada de uretra prostática e se funde com os dois ductos ejaculatórios. A uretra masculina possui duas funções: carregar urina da bexiga urinária durante o ato de urinar e carregar sêmen durante a ejaculação. A próstata é forrada pelos músculos do assoalho pélvico, que se contraem durante o processo ejaculatório.
A próstata pode ser dividida de dois modos distintos: por zona ou por lobo.
·        Zonas
A classificação por "zona" é mais usada na patologia.
A próstata possui quatro regiões glandulares distintas, duas das quais surgem de diferentes segmentos da uretra prostática:

Nome
Percentagem
Descrição
Zona periférica
Compõe até 70% da próstata normal em homens jovens
É a porção subcapsular do aspecto posterior da próstata que envolve a uretra distal. É nessa porção da próstata que mais de 70% dos cânceres de próstata se originam.
Zona central (ZC)
Constitui aproximadamente 25% da próstata normal
Esta zona envolve os ductos ejaculatórios. Os tumores de zona central contabilizam mais de 25% de todos os cânceres de próstata.
Zona transicional (ZT)
Responsável por 5% do volume prostático
Esta zona raramente está associada com carcinoma. A zona transicional envolve a uretra proximal e é a região da próstata que cresce durante a vida e é responsável pela doença de hiperplasia prostática benigna.
Zona fibro-muscular anterior (ou estroma)
Contabiliza por aproximadamente 5% do peso prostático
Esta zona é geralmente isenta de componentes glandulares, sendo composta, como o nome sugere, somente de músculo e tecido fibroso.


·        Lobos
A classificação por "lobos" é mais usada na anatomia.

Lobo anterior (ou istmo)
corresponde aproximadamente a uma porção da zona transicional
Lobo posterior
corresponde aproximadamente à zona periférica
Lobos laterais
engloba todas as zonas
Lobo mediano (ou lobo médio)
corresponde aproximadamente a uma porção da zona central


Doenças da Próstata

·        Câncer de próstata
próstata mutações e começam a se multiplicar sem controle. Estas células podem se espalhar (metástase) a partir da próstata em direção a outras partes do corpo, especialmente ossos e linfonodos. O câncer de próstata pode causar dor, dificuldade em urinar, disfunção erétil e outros sintomas. Porém, a grande maioria dos casos evolui silenciosamente sem causar sintomas até que haja disseminação da doença. Exames regulares de toque retal e dosagem de antígeno prostático específico são recomendados para homens a partir dos 40 a 50 anos de idade, para detecção precoce da doença.
Pode ser tratado com cirurgia, radioterapia, terapia hormonal, entre outros.
Este tipo de câncer é muito grave, já que nos Estados Unidos este tumor maligno, em 2003, matava um homem a cada 14 minutos.

·        Hiperplasia prostática benigna
hiperplasia benigna da próstata (HBP) é caracterizada pelo aumento benigno da próstata que normalmente se inicia após os 40 anos. Pode provocar estreitamento da uretra, resultando em dificuldade de micção.

·        Prostatite
Prostatite é a inflamação da próstata, podendo ser causada por diversos fatores.

Estimulação sexual
A estimulação da próstata em homens tem sido comparada à estimulação do ponto G nas mulheres. Portanto, a estimulação da próstata pode resultar em orgasmos mais intensos. Alguns homens são capazes de atingir o orgasmo somente com a estimulação prostática.
Em algumas técnicas cirúrgicas de redesignação sexual em transexuais MtF (de homem para mulher) essa glândula, bem como a glândula bulbouretral, é mantida para possibilitar que aneovagina tenha lubrificação natural.

Cancro da Próstata: Tratamento

O tratamento é variável e depende do estadiamento da neoplasia que, grosso modo, pode ser dividido em tumor localizado e tumor metastático.
O tratamento do tumor localizado pode ser cirúrgico ou radioterápico.
O tratamento de tumor metastático baseia-se no bloqueio hormonal da testosterona, inibindo assim o crescimento da massa tumoral sendo frequentemente um tratamento adicional importante. Podem ser utilizados vários tipos de drogas com eficácia e efeitos colaterais variáveis que devem ser levados em conta no momento da escolha do tratamento.

·        Cirurgia
A remoção cirúrgica da próstata, ou prostatectomia, é um tratamento comum tanto para os cânceres de estágio precoce, quanto para cânceres que falharam em responder à radioterapia. O tipo mais comum é a prostatectomia retropúbica radical, quando o cirurgião remove a próstata através de uma incisão abdominal. Outro tipo é a prostatectomia perineal radical, quando o cirurgião remove a próstata através de uma incisão no períneo, a pele entre o escroto e o ânus. A prostatectomia radical pode também ser realizada laparoscopicamente, através de diversas pequenas incisões (1 cm) no abdômen, com ou sem o auxílio de um robô cirúrgico. A cirurgia robótica é o método preferido no caso de pacientes obesos, devido à dificuldade das operações por cirurgia aberta e por laparoscopia.13 Porém esse procedimento demora mais tempo, em média o dobro em relação à cirurgia aberta.13
prostatectomia radical é eficiente contra tumores que ainda não se espalharam além da próstata;14 com as taxas de cura dependendo dos fatores de risco como o nível de PSA e escore de Gleason. Entretanto, ela pode causar lesão nos nervos que significativamente pode alterar a qualidade de vida de um sobrevivente do câncer de próstata. As complicações sérias mais comuns da cirurgia são incontinência urinária e impotência. Embora a sensação peniana e a habilidade de se atingir o orgasmo geralmente permaneçam intactas, a ereção e ejaculação frequentemente são prejudicadas. Medicamentos como a sildenafila (Viagra), tadalafila (Cialis) ou vardenafila (Levitra) podem recuperar em algum grau a potência. Para a maioria dos homens com doença restrita à próstata, uma técnica cirúrgica que preserva os nervos pode ajudar a evitar a incontinência urinária e impotência.
A prostatectomia radical tem tradicionalmente sido utilizada sozinha quando o câncer é pequeno. Quando há margens positivas ou doença localmente avançada, a radioterapia adjuvante pode oferecer uma melhor sobrevivência. A cirurgia também pode ser oferecida quando o câncer não responde à radioterapia. Entretanto, como a radioterapia causa mudanças teciduais, a prostatectomia após a radioterapia possui um risco maior de complicações.

·        Prostatectomia Radical Laparoscópica e laparoscópica assistida por robo
Apesar de descrita no início dos anos 1990. Somente após as modificações da técnica publicadas pelos urologistas do Institut Mutualiste Montsouris, Paris, França; a cirurgia laparoscópica foi disseminada pelo mundo, permitindo bons resultados, similares a cirurgia aberta. A prostatectomia radical laparoscópica é forma mais moderna da clássica prostatectomia retropúbica radical. Em contraste com a cirurgia aberta do câncer de próstata, a prostatectomia radical não requer uma grande incisão. Utilizando tecnologia moderna, como a miniaturização e fibras ópticas, a prostatectomia radical laparoscópica é um tratamento minimamente invasivo para o câncer de próstata.
A prostatectomia radical assistida por robo, também chamada prostatectomia robótica, foi inicialmente realizada em Creteil-França e tornou-se a técnica mais realizada, atualmente, nas regiões onde é disponível. Existiam 2 sistemas robóticos utilizados nas cirurgias assistidas com robo: o primeiro e cuja produção foi interrompida, chamado ZEUS ( que consistia em um console e 3 braços robóticos chamados AESOP) e o segundo sistema que, atualmente, é o único em uso, chamado Da Vinci que pode ter 3 e 4 braços. Nos dias atuais, apesar da rápida substituição da técnica com corte (cirurgia aberta) pela robótica, em países como nos EUA, os estudos médicos, não encontraram vantagens evidentes de uma técnica sobre a outra. O que parece ser mais importante é o especialista cirurgião urologista do que a via de acesso escolhida (aberta, laparoscópica ou assistida por robo), pois apresentam resultados semelhantes.
A ressecção transuretral de próstata, geralmente chamada de "RTU de próstata", é um procedimento cirúrgico realizado quando o canal entre a bexiga e o pênis (uretra) é bloqueada pelo aumento da próstata. A RTU de próstata é geralmente realizada para doença benigna (hiperplasia prostática benigna) e não é considerada um tratamento definitivo para o câncer de próstata. Durante o procedimento, um cistoscópio é inserido no pênis, e a próstata bloqueada é cortada.
Na doença metastática, quando o câncer já se espalhou além da próstata, a remoção dos testículos (chamada de orquiectomia) pode ser realizada para diminuir os níveis de testosterona e controlar o crescimento do câncer.

·        Radioterapia e suas modalidades
Trata-se de um tratamento curativo para doença localizada ou localmente avançada. Poucos estudos com poder de detectar diferenças significativas (chamados estudos clínicos randomizados), compararam a radioterapia com a cirurgia, na tentativa de avaliar se existe um tratamento melhor que o outro. Apenas um estudo clínico randomizado comparou a prostatectomia radical e a radioterapia e demonstrou que a cirurgia previne mais a disseminação do tumor, reduzindo a possibilidade de metástases. (Paulson, Lin et al. 1982). 16 A radioterapia pode ser indicada para alívio sintomático de dores ósseas ocasionadas por metástases.

·        Terapia hormonal
A terapia hormonal usa medicamentos ou cirurgia para impedir que as células do câncer de próstata adquiram dihidrotestosterona (DHT), um hormônio produzido na próstata que é necessário para o crescimento e dispersão da maioria das células do câncer de próstata. O bloqueio do DHT geralmente faz com que o câncer de próstata pare de crescer e até mesmo diminua. Entretanto, a terapia hormonal raramente cura o câncer de próstata porque os cânceres que inicialmente respondem à terapia hormonal geralmente se tornam resistentes após um ou dois anos. A terapia hormonal é então usada quando o câncer já se espalhou da próstata. Também pode ser administrada para alguns homens que estão sob radioterapia ou fizeram cirurgia, para prevenir o retorno de seu câncer.18
A terapia hormonal para o câncer de próstata age nas vias metabólicas que o corpo usa para produzir a DHT. Um ciclo de retroalimentação envolvendo os testículos, hipotálamo, hipófise, supra-renais e próstata controla os níveis sanguíneos de DHT. Primeiro, os baixos níveis sanguíneos de DHT estimulam o hipotálamo a produzir hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH). O GnRH então estimula a hipófise a produzir hormônio luteinizante (LH), o qual estimula os testículos a produzir testosterona. Finalmente, a testosterona dos testículos e a dehidroepiandrosterona das glândulas supra-renais estimulam a próstata a produzir mais DHT. A terapia hormonal diminui os níveis de DHT pois interrompe esta via metabólica em algum ponto.
Existem diversas formas de terapia hormonal para o câncer de próstata:
Orquiectomia é a cirurgia para remover os testículos. Como os testículos produzem a maior parte da testosterona do corpo, a sua remoção cirúrgica faz com que os níveis de testosterona caiam logo em seguida. Com isso, a próstata não somente deixa de receber estímulo da testosterona para produzir mais DHT, como também não possui testosterona suficiente para transformá-la em DHT.
Antiandrógenos são medicamentos como flutamida, bicalutamida, nilutamida, e acetato de ciproterona que diretamente bloqueiam as ações da testosterona e da DHT no interior das células do câncer de próstata.
Medicamentos que bloqueiam a produção dos andrógenos supra-renais como a DHEA incluem o cetoconazol e a aminoglutetimida. Como as glândulas supra-renais produzem somente cerca de 5% dos andrógenos do corpo, estes medicamentos são geralmente usados somente em combinação com outros métodos que possam bloquear os 95% de andrógenos produzidos pelos testículos. Estes métodos combinados são chamados de bloqueio androgênico total (BAT). O BAT também pode ser obtido com o uso de antiandrógenos.
A ação do hormônio liberador de gonadotrofina pode ser interrompida de duas maneiras. Os antagonistas do GnRH impedem a produção de LH diretamente, enquanto os agonistas do GnRH inibem o LH através de um processo de regulação para baixo (downregulation) após um efeito de estimulação inicial. Abarelix é um exemplo de antagonista do GnRH, enquanto os agonistas do GnRH incluem leuprolida, goserelin, triptorelin e buserelin. Inicialmente, os agonistas do GnRH aumentam a produção do LH. Entretanto, como o constante fornecimento desta medicação não coincide com o ritmo de produção natural do corpo, a produção de LH e GnRH diminui após algumas semanas.19
Os tratamentos hormonais que mais têm sucesso são a orquiectomia e os agonistas do GnRH. Apesar de seu elevado custo, os agonistas do GnRH são geralmente escolhidos ao invés da orquiectomia, por questões cosméticas e emocionais.
Cada tratamento possui desvantagens que limitam seu uso em certas circunstâncias. Apesar de a orquiectomia ser uma cirurgia de baixo risco, o impacto psicológico da remoção dos testículos pode ser significante. A perda de testosterona também causa ondas de calor, ganho de peso, perda da libido, aumento das mama (ginecomastia), impotência e osteoporose. Os agonistas do GnRH podem causar os mesmos efeitos da orquiectomia mas podem causar piores sintomas no início do tratamento. Quando os agonistas do GnRH começam a ser usados, os aumentos de testosterona podem levar a uma dor aumentada nos ossos (originada do câncer metastático), então antiandrógenos são usados para diminuir estes efeitos colaterais. Os estrógenos não são comumente utilizados pois eles aumentam o risco de doença cardiovascular e trombose. Os antiandrógenos geralmente não causam impotência e geram menos dor nos óssos e massa muscular. O cetoconazol pode causar lesões no fígado com o uso prologando e a aminoglutetimida pode causar rashes cutâneos.



Fatores de Alimentos Contra o Câncer de Próstata:

  • Frutas e legumes: Existem inúmeros argumentos em apoio ao efeito protetor do câncer de frutas e legumes. Um estudo recente do Fred Hutchinson Cancer Research Center, os EUA mostraram que um alto consumo de vegetais provoca uma diminuição significativa no risco de câncer de próstata. Assim, os homens que consumiram uma média de quatro ou mais porções de vegetais por dia tinham um risco de câncer de próstata em 35% menor em comparação com aqueles que beberam menos de duas doses diárias. Vegetais e ervas com efeito mais forte de proteção eram aqueles da família do repolho (couve-flor, repolho, couve de Bruxelas, brócolis, etc.). Os homens que tomavam três ou mais porções por semana estes alimentos são apreciados câncer de próstata rsicului diminuição de 40% em comparação com aquelas que comiam esses alimentos com menos freqüência do que uma vez ao ano por semana.
  • Tomate e suco de tomate: Vários estudos têm identificado o licopeno (que se encontra em grande quantidade no tomate e suco de tomate como tendo um forte efeito protetor. Um estudo de 22.000 homens acompanhados por 13 anos revelou aqueles com os níveis mais baixos de licopeno aumento do risco de câncer de próstata em 60% menor em comparação com aqueles com níveis baixos.
  • Vitamina E: Um estudo finlandês realizado em um grupo de 29 mil fumantes que tomaram um suplemento diário de 50 UI de vitamina E mostrou uma diminuição de 41% das mortes por câncer de próstata.
  • Vitamina D: A vitamina D parece ter efeitos anti-tumorais contra o câncer de próstata. Dados extraídos de um estudo de um grande número de trabalhadores de saúde (mais de 47.000 homens), têm demonstrado que a vitamina D (e de consumo de frutos) uma boa medida para se proteger contra o câncer de próstata.
  • Selênio: O selênio é um mineral com propriedades antioxidantes no organismo. Os dados de saúde dos trabalhadores levantamento mostrou que homens que comeram a maioria de selênio tiveram um risco 51% menor de câncer de próstata do que aqueles que tiveram a menor ingestão deste mineral. O mesmo efeito foi revelado por um estudo experimental em que um grupo de 1.312 pessoas receberam 200 microgramas de selênio por dia durante 4,5 anos. Houve uma diminuição no câncer de próstata em cerca. 50% em comparação com o grupo controle que não foi dado selênio. Os alimentos ricos em selênio são os grãos mais inteiros e castanha do Brasil (castanha do Brasil 2 são suficientes para cobrir as necessidades de selênio para um dia inteiro).
  • Atenção tanto para comer! Não coma demais acaba não só protegem contra a obesidade, mas também canceruui da próstata. Pelo menos de acordo com um levantamento de 197 no Canadá: os homens que comiam mais caloriasDescrição: http://cdncache1-a.akamaihd.net/items/it/img/arrow-10x10.png tiveram um risco de câncer de próstata 2,7 vezes maior do que aquelas que consumiram menos calorias.
  • Reduza o consumo de gordura! Aqueles que consomem muita gordura - como animais e vegetais - um rosto 2-3 vezes maior risco de contrair cancro da próstata. As exceções são o azeite e gorduras omega-3 (como os de linhaça e nozes).
  • Reduza o consumo de leite e produtos lácteos! Alguns estudos têm relacionado o consumo de produtos lácteos e aumento do risco de câncer de próstata. Processo parece ser maior ingestão de cálcio entre os que consomem laticínios.
  • Soja - Famoso soja - prova as suas qualidades e do câncer de próstata direito preventivo. Assim, um dos maiores estudos (12.000 participantes) foram surpreendidos pela constatação de que os homens que consumiram soja por dia teve uma diminuição no risco de câncer de próstata em 70%! 


Um comentário:

Lady Morwen disse...

Desculpem desviar do assunto, mas pela menção a terapia hormonal MTF e a bicalutamida, eu acabei achando o texto no google. Bem, acabei de ler em um forum reddit sobre transexualidade, sobre bicalutamida, pois ela só inibiria a atuação da testosterona em certos locais do organismo, mas não a inibiria no cérebro, não causando a queda na libido que as THs com acetato de ciproterona e espirolactona geralmente causam. Eu estou muito curiosa sobre isso, pois não quero perder minha função sexual com a terapia hormonal e li que também que essa droga faz crescer um bocado os seios, mas eu não vejo nenhum lugar confiável indicando bicalutamida para MtFs em transição hormonal. Existe alguma contraindicação muito forte para isso?? Os efeitos colaterais são muito pesados? Um endocrino conhecedor de transições hormonais em pessoas trans indicaria isso??